Quando pensamos em pontos turísticos no Nordeste, lembramos de Porto Seguro (alô alô formandos). Ou mesmo Fernando de Noronha (reduto das celebridades e de seus causos). Não que os destinos de hoje sejam completamente originais e pouco explorados, não estamos prometendo isso. Mas sempre vale a pena mencionar as belezas de Porto de Galinhas, Chapada Diamantina e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
Por isso, hoje listamos sobre as belezas desses pontos turísticos e o que fazer em uma viagem ao Nordeste.
Ponto turístico nº 1 : Porto de Galinhas
Um dos destinos mais famosos de Pernambuco! O destaque de Porto de Galinhas, distrito de Ipojuca, são suas diversas praias com piscinas naturais, de águas cristalinas.
Para uma viagem com crianças, visite praias como a do Muro Alto, do Cupe, Serrambi e a da Vila de Porto de Galinhas. Elas são melhores por possuírem um mar calmo e água cristalina. Uma boa opção de passeio familiar é visitar o Projeto Hippocampus, centro ambiental voltado para a preservação de cavalos-marinhos.
Outras opções de pontos turísticos na região são: visitar o Ateliê Gilberto Carcará, principal artista do município de Ipojuca. Também há a Praia de Maracaípe, que possui um mar mais revolto. Ou mesmo o Pontal de Maracaípe, com acesso para pedestres ou de bugue.
A época ideal para turismo em Porto de Galinhas é em outubro, novembro e dezembro, em que quase não chove. Em janeiro, fevereiro e setembro chove pouco.
Para quem visitará as piscinas naturais de Porto de Galinhas, é bom programar a viagem para a época de lua cheia ou nova. Nesse período a maré é baixa e a água é mais cristalina, principalmente com o sol alto da manhã, facilitando a vista para os peixes.
Uma dica: para evitar o estresse de lugares lotados programe a sua viagem para ficar durante a semana. Por ser próximo à capital do estado nordestino, aos finais de semana Porto de Galinhas recebe turistas e recifenses.
Curiosidade
Mas afinal, por que o nome Porto de Galinhas? Tem tantas galinhas assim por lá? Na verdade a origem do nome é ruim e lamentável, em que na época da escravidão, para burlar a proibição da Inglaterra, os portugueses anunciavam a chegada de escravizados com o código “Tem galinha nova no porto”.
Inclusive, a região – que antes pertencia a Porto Rico – era um dos principais polos de comércio ilegal de escravos no Nordeste. E foi só a partir dos anos 1990 que a região passou a ser um atrativo turístico.
Ponto turístico nº 2: Chapada Diamantina
Localizada no interior da Bahia, a Chapada Diamantina possui área com mais de 38 mil km²! Formada por vários municípios como Lençóis, Mucugê, Andaraí, Ibicoara, Palmeiras, Rio de Contas e vilas como Vale do Capão e Igatu. Se você não é amante da natureza, fã de trilhas e trekking, não tem problema! Pela grande extensão, há muitos pontos turísticos diferentes, com muitas opções de programas e atrações por lá. Então serão necessários sete dias de viagem ou mais se você quiser aproveitar um bom número de atividades.
Passeios na região
Em Lençóis, a principal atividade é a caminhada até o alto do Morro do Pai Inácio, que é o cartão postal da Chapada Diamantina. Outros pontos turísticos de destaque nas proximidades do município são o Mirante do Camelo, as piscinas naturais de Serrano.
As diversas cachoeiras e grutas, como a do Poço Azul em que, de fevereiro a outubro, há raios de luz entre 12h30 e 14h, dando uma aparência mágica ao local; é possível mergulhar durante a visitação.
O vilarejo do Vale do Capão é outro destino com diversos pontos turísticos para os verdadeiros amantes da natureza! Lá você pode fazer trilhas para cachoeiras como a da Fumaça.
Mucugê é um município com programas interessantes, como a trilha pelo Vale do Pati, visitação ao Poço Encantado (localizado em Andaraí, a 47 km do município, e similar ao Poço Azul, com a incidência dos raios de sol de abril a setembro, entre as 10h e 13h30). É ideal para hospedagem para ir a outros destinos, como a Cachoeira do Buracão (que fica em Ibicoara) e os dois Lagos nas grutas.
Atenção na hora de se programar
Locomover-se pela Chapada, entretanto, é um porém. O transporte público na Chapada é escasso, sendo recomendável alugar um carro ou contratar os serviços de agências de turismo que incluam translado.
Quanto à temporada, a Chapada Diamantina não depende de clima certo para visitar. É fato que em épocas de férias e feriados prolongados o local fica mais cheio e os preços sobem num geral, mas por haver tantas opções de programação, não fica tão incômodo. A época de chuva é entre novembro e março, com altas temperaturas – o que torna a paisagem mais verde e as cachoeiras mais cheias. De maio a setembro, o clima é mais seco e as temperaturas são mais baixas e isso facilita o percurso de trilhas, ainda que as cachoeiras fiquem com aparência mais fraca pela pouca água.
Muitos pontos turísticos da Chapada Diamantina podem ser visitados sem o acompanhamento de um guia turístico. Entretanto, em passeios como o da Cachoeira do Buracão, é obrigatório a presença de um.
Ponto turístico nº 3: Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
O principal ponto turístico do estado do Maranhão! Esse belo complexo de dunas e lagoas, conhecido apenas como Lençóis Maranhenses, fica localizado entre os municípios de Barreirinhas e Santo Amaro.
Diferentemente do ponto turístico baiano do item acima, os Lençóis Maranhenses possuem uma época específica para visitação, se você quiser se refrescar nas lagoas.
A época de chuvas é entre os meses de maio e agosto, sendo o período ideal para viajar na segunda quinzena de junho e o mês de julho. Nessa época o tempo está firme, não há chuvas para atrapalhar os passeios e as lagoas ficam bem cheias. Ainda, é possível nadar nas lagoas, além de realizar caminhadas e contemplar as dunas.
A partir de setembro, o nível de água começa a baixar, até janeiro, em que alguns rios temporários chegam a secar. Nessa época, é possível aproveitar apenas algumas lagoas perenes, bem como contemplar as dunas e realizar caminhadas.
Locais para visitar
A cidade de Barreirinhas é a mais badalada dos Lençóis Maranhenses! Com resorts e agências de viagens que organizam os passeios pelas dunas e lagoas, que devem ser feitos por meio de jipes autorizados. Os vilarejos de Atins e Caburé são opções mais simples, para aqueles que querem ficar em contato com a natureza e o ambiente da região. Porém também ficam longe de internet, sinal de celular e banhos aquecidos.
Já em Santo Amaro do Maranhão, não há tanta agitação. É ideal para quem quer caminhar pouco, já que os jipes e veículos credenciados podem chegar perto de lagoas nos corredores permitidos de tráfego.
Circuitos
Os principais circuitos de visitação em Barreirinhas são: o da Lagoa Azul, que é o mais visitado, com trilhas de 12 km pela restinga (diferentes formações vegetais que se formam em solo arenoso). Ainda passa pela lagoa da Preguiça, Esmeralda, Azul e do Peixe.
O circuito da Lagoa Bonita possui uma duna íngreme com cerca de 30 m de altura, o que pode dificultar o acesso para alguns. Mas vale a pena pela vista que se tem do Parque e da vegetação. Uma curiosidade é que a lagoa do Clone possui esse nome por conta da novela da Rede Globo escrita por Glória Perez, que teve algumas cenas gravadas por lá.
A Lagoa da Esperança é diferente das demais lagoas dos Lençóis Maranhenses. Não apenas por sua coloração escura e situar-se na borda do campo de dunas, mas pelo fato de ser perene, também.
Outros destaques
Em Atins, as atrações são mais para quem curte amar a natureza e fugir da agitação. É possível também praticar esportes como caiaque, surfe, wind-surf, kite-surf, passeios de bicicleta, dentre outros.
Já em Santo Amaro, a principal atração é a Lagoa da Gaivota, considerada a mais bela do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Outras lagoas que vale a pena conferir é a da Betânia, das Emendadas e a Praia da Travosa.
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